ATA DA NONA SESSÃO SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 10-5-2001.

 


Aos dez dias do mês de maio do ano dois mil e um, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e vinte e seis minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a homenagear o Dia das Mães, nos termos do Requerimento nº 013/01 (Processo nº 0278/01), de autoria da Mesa Diretora, por solicitação do Vereador João Antonio Dib. Compuseram a MESA: o Vereador Reginaldo Pujol, 2º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, no exercício da Presidência; o Rabino Iehuda Gitelman, representante da Federação Israelita do Rio Grande do Sul; o Padre Eduardo Moesch, representante da Igreja Católica; o Pastor Douglas Wehmuth, representante da Comunidade Evangélica; o Senhor Leopoldo Moacir Lima, Presidente da Associação Cristã de Moços - ACM; o Vereador João Antonio Dib, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino Nacional e, em continuidade, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador João Antonio Dib, em nome das Bancadas do PPB, PDT, PTB, PFL, PMDB, PSDB, PC do B, PSB e PL, discursou sobre a história da instituição do Dia das Mães, por iniciativa da Senhora Anna Jarvis no ano de mil novecentos e sete, aludindo à introdução dessa solenidade no Brasil através da Associação Cristã de Moços - ACM. Ainda, manifestou-se sobre a realização, neste Legislativo, da primeira Sessão Solene em homenagem às mães. A Vereadora Maria Celeste, em nome da Bancada do PT e das Vereadoras desta Casa, chamou a atenção para a importância da participação feminina no processo de educação e formação dos filhos, apontando para a atuação da mulher como agente transformador da sociedade em todas as áreas profissionais, especialmente na política. Também, homenageou o transcurso do Dia das Mães, procedendo à leitura de poema intitulado "Mulher Mãe". Na ocasião, o Senhor Presidente registrou as seguintes presenças, como extensão da Mesa: dos Senhores Mário Jarros, Maurício Vandorsee e Dante Jarros, respectivamente Presidente de Honra, Secretário-Geral e integrante da Diretoria da Associação Cristã de Moços - ACM; da Senhora Ilse Preto Moesch, mãe do Vereador Beto Moesch; das Senhoras Virgínia Souza da Silva e Filisbina Bittencourt de Souza, respectivamente mãe e avó da Vereadora Maria Celeste; do Senhor Guershon Kwasniewski, representante da Sociedade Israelita Brasileira de Cultura e Beneficência; da Senhora Élida Messias Ferreira, Presidenta do Lar Santo Antônio dos Excepcionais. Em continuidade, foi realizada apresentação musical pelos Senhores Pedro Sassi e Maitê, que interpretaram as músicas “Imagine” e “Perhaps Love”. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Senhores Iehuda Gitelman, Eduardo Moesch e Douglas Wehmuth, que discorreram sobre a visão bíblica judaico-cristã da mulher ao longo dos tempos, exaltando os princípios de amor, lealdade e força externados pela figura da mãe como representante da bondade divina. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra à Senhora Thereza Cavalcante, que declamou poesia intitulada “Meu Filho”. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Senhores Leopoldo Moacir Lima e Ruth Brum, que destacaram a importância do registro hoje feito por este Legislativo, com referência ao Dia das Mães. Na ocasião, o Senhor Mário Jarros procedeu à entrega de flores ao Vereador João Antonio Dib. Após, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem a execução do Hino Rio-Grandense e, nada mais havendo a tratar, agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às dezoito horas e vinte e nove minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Reginaldo Pujol e João Antonio Dib e secretariados pelo Vereador João Antonio Dib, como Secretário "ad hoc". Do que eu, João Antonio Dib, Secretário "ad hoc", determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pela Senhora 1ª Secretária e pelo Senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada homenagear as mães pelo seu dia.

Recebi a incumbência do Ver. Fernando Záchia para transmitir os cumprimentos a todos os presentes e, ao mesmo tempo, informar que, como é nossa tradição, esta Sessão será presidida pelo Ver. João Antonio Dib, a quem eu transfiro o comando da Sessão, a partir deste momento.

 

(O Ver. João Antonio Dib assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Convidamos para compor a Mesa a Dep.ª Maria do Rosário, representante da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul; a Sr.ª Márcia Bauer, Coordenadora de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Porto Alegre, representante do Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Sr. Iehuda Gitelman, representante da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, o Sr. Eduardo Moesch, representantes da Igreja Católica; Sr. Douglas Wehmuth, representante da Comunidade Evangélica e o Sr. Leopoldo Moacir Lima, Presidente da Associação Cristã de Moços.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.

 

(Executa-se o Hino Nacional.)

 

A festa do Dia das Mães foi pensada por Anna Jarvis, nos Estados Unidos, em 1907. A partir de 1914, essa festa, que passou a ser comemorada em todos os segundos domingos do mês de maio, foi oficializada pelo Presidente americano Wilson. Em 1918, quatro anos depois, a Associação Cristã de Moços introduziu, no Brasil e em Porto Alegre, essa solenidade, que foi oficializada também por Getúlio Vargas, em 1932; em 1937, passou a ser considerada data oficial pela Igreja Católica. A Câmara Municipal, em 1973, pela primeira vez, fez uma Sessão Solene homenageando as mães. Desde aquele dia, dois Vereadores ainda estão nesta Casa, outros deixaram de estar, outros já não estão mais conosco. O Ver. Reginaldo Pujol e eu, e a Sr.ª Dercy Furtado, que continua nesta Casa, traziam à solenidade as suas mães. Hoje, as três mães já não estão mais conosco. Fica a saudade, fica a lembrança, mas nós continuamos, ano a ano, homenageando as mães, e as mães deveriam ser homenageadas todos os dias. Mas como não se pode fazer uma Sessão Solene todos os dias, vamos procurar colocar no coração de cada um essa necessidade de respeitar a mãe. Para que diga melhor do que este Vereador, que, momentaneamente, preside esta Sessão, nada melhor do que uma mãe Vereadora para falar em nome das Vereadoras, para falar em nome das mães da Cidade. Peço que a Ver.ª Maria Celeste ocupe a tribuna e faça a sua saudação.

A Ver.ª Maria Celeste está com a palavra em nome do PT.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) É com grande orgulho que, neste dia especial, eu represento o conjunto das Vereadoras e mães da nossa Câmara de Vereadores: Clênia Maranhão, Helena Bonumá, Maristela Maffei e Sofia Cavedon, nesta homenagem justa e fraterna proposta pelo digníssimo Vereador que preside esta Sessão, Ver. João Antonio Dib, e que diz respeito ao Dia das Mães. Homenageio também a minha mãe, a Sr.ª Virgínia, e a minha avó, presente nesta Sessão, Sr.ª Felisbina Bittencourt de Souza; todas as servidoras mães desta Casa e as demais mães presentes.

Com o passar dos anos, a comemoração do Dia das Mães vem perdendo o seu sentido inicial, dando lugar apenas a um ato de presentear as mães no segundo domingo do mês de maio. O nosso objetivo hoje é o de resgatar o importante papel das mulheres e o desafio indiscutível que enfrentamos. A mulher é uma educadora, uma transformadora social. Queremos chamar a atenção sobre a mulher pelo seu valor, pela transformação que gera na sociedade e pelas mudanças que ocorrem, a partir do seu empenho e do seu exemplo.

Falar como mulher, como mãe, não é nada fácil, pois vivemos em um País com uma cultura machista, onde a mulher ocupa muitos espaços, mas continua beneficiada apenas com 32% do rendimento médio anual. Essas mulheres são mães, a maioria é chefe de família. Nós sabemos o quanto é difícil para nós, mulheres, que trabalhamos fora e que enfrentamos uma dupla jornada de trabalho, desempenhando o lado profissional dia-a-dia, quando, ao chegarmos em casa, ainda temos todas as tarefas de donas-de-casa, como a alimentação e as tarefas escolares dos nossos filhos, enfim, todas as tarefas cotidianas de uma mãe.

Felizmente, a realidade está mudando e apontando para uma ascensão feminina. Em Porto Alegre, por exemplo, já somos cinco Vereadoras, tivemos um grande aumento no número de mulheres. São cinco mulheres, cinco mães com o olhar peculiar, com um olhar revolucionário dentro da Câmara Municipal. Mulheres que usam esse olhar diferente para ouvir, para encaminhar soluções, buscando a promoção da vida, da justiça e da paz. Optamos pelo caminho da política e arcamos com o ônus da responsabilidade de preservar os valores éticos e morais da nossa sociedade.

Para finalizar, trago uma reflexão, de um autor desconhecido, sobre ser mulher mãe: (Lê.)

“Mulher Mãe”

“O ser mais sagrado depois de Deus.

Toda a verdade da criação reside nela.

O único ser onipresente em nossas vidas é a mulher.

Nascemos do útero de uma.

Entre um evento e outro, em nome delas, construímos a civilização.

Seus desígnios, como os do Senhor, são imponderáveis. Nunca chegamos a compreendê-las, cabe-nos respeitá-las.

Através de milênios, as flagelamos, as dominamos, as submetemos. Impusemos sua virgindade, trancamo-las a sete chaves, em nosso castelo.

Elas, mais seguras, nunca exigiram nada disso.

As mulheres multiplicam a vida, os homens só possuem a sua.

Ela nos dá a luz com o suor dos seus sofrimentos; com o suor de seu rosto, vela nosso crescimento, e nós lhes causamos sofrimento e angústias, até os seus últimos dias.

A mulher, acima de tudo, é mãe.

Não há palavra mais bela, mais suave e plena de conteúdo que lábios humanos sejam capazes de pronunciar.

Mãe significa consolo, aflição, a luz na esperança, a força na derrota:

É o peito, onde reclinamos a nossa cabeça, é a mão que abençoa, o olho que nos protege.

Quer o destino que nossas mães cruzem os portais do infinito antes de nós e, assim, aprendamos a transferir todo o significado para nossas mulheres, que são mãe de nossos filhos, para nossas filhas, que serão mães dos nossos netos.

Este é o sublime milagre da vida. Este é o sentido da nossa existência: Mulher-Mãe.”

A partir desta homenagem, resta pouco a dizer sobre o que é ser mãe. Parabenizo a todas as mães de Porto Alegre que, a cada dia, dedicam-se quase que por inteiro a essa importante e difícil tarefa que é de ser mãe. Parabéns a todas. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Maria Celeste foi escolhida pelas suas colegas, por ser mãe, para falar em nome das mães porto-alegrenses e também das mães das servidoras da Câmara Municipal. Mas entendi também porque ela foi escolhida, ela traria a sua mãe e a sua avó que, a partir deste momento, eu considero como integrantes da Mesa, assim como também fazem parte da Mesa, para nossa satisfação, o Sr. Mário Jarros, Presidente de Honra da Associação Cristã de Moços - ACM; o nosso querido Maurício Vandorsee, Secretário-Geral da Associação Cristã de Moços - ACM, o meu amigo Dante Jarros, membro da Diretoria da ACM; a Sr.ª Ilse Preto Moesch, mãe do Ver. Beto Moesch e do nosso Padre Eduardo Moesch; o Prof. Guershon Kwasniewski, representante da Sociedade Israelita Brasileira de Cultura e Beneficência, e a nossa querida Sr.ª Élida Messias Ferreira, do Lar Santo Antônio dos Excepcionais, uma criatura extraordinária, que é uma mãe maravilhosa. Ela não só é mãe dos seus dois filhos, mas de uma centena ou um pouco mais de crianças de vida vegetativa. Saúde e paz para todas.

Ouviremos agora a música Imagine, apresentada pelo Pedro Sassi no sax-tenor e Mainê no teclado, homenageando as mães de todos os credos e povos. (Palmas.)

Em continuidade, teremos mais uma música, com o Pedro Sassi no trompete e a Mainê no violino: Perhaps Love.

 

(Procede-se a apresentação musical.)

 

Agradecemos a Maitê e ao Pedro Sassi a forma bonita que encontraram de nos permitir dizer: Feliz Dia das Mães!

Quando nós tornamos esta solenidade, esta comemoração, ecumênica, o Rabino Iehuda Gitelman esteve aqui na primeira vez e, agora, vai usar da palavra para saudar todas as mães.

O Rabino Iehuda Gitelman está com a palavra.

 

O SR. RABINO IEHUDA GITELMAN: Talvez nem todos vocês me conheçam, mas não sou dado a protocolos. Prefiro chamá-los de queridos irmãos. Sintam-se, hoje, realmente, como uma grande família a homenagear todas as nossas mães, de uma ou de outra forma. Assim, vou quebrar o protocolo desta Casa e vou chamá-los de queridos irmãos, ao invés de nomeá-los

Como o meu grande amigo, Ver. João Dib, disse, é uma honra poder representar, mais uma vez, a Federação Israelita do Rio Grande do Sul nesta homenagem.

Hoje gostaria, rapidamente, de voltar há milhares de anos e me reportar à literatura rabínica bem antiga, e como a Bíblia - o Pentateuco - toma a figura da mulher, a figura da mãe. Embora seja criado para uma estrutura mais patriarcal, o texto bíblico sempre toma a mãe como sábia, como forte. E, na maioria dos casos, são as mães, desde Eva, que dão os nomes aos seus filhos. No Decálogo, tanto no Livro do Gênesis, como no Livro do Deuteronômio ordena: “Honrar pai e mãe”. Mas no livro do Levíticos essa ordem já é mudada: “Honrarás a tua mãe e o teu pai”, demonstrando já uma mudança na sociedade, demonstrando a importância da mãe. Se observarmos no Livro do Gênesis, cujo tema central é a origem do povo de Israel e a formação de sua identidade autônoma, serão as mães que, nos momentos cruciais, tomarão a iniciativa e garantirão a continuidade e a sobrevivência da nação. É só lembrar Sara e Isaac, é só lembrar Rebeca e Jacó, sem esquecer de Raquel e de Lea, e o amor que elas sentiam pelos seus filhos. Como esquecer a mãe de Moisés, que protegeu o seu filho, recém-nascido, da morte segura, decretada pelo Faraó? E, posteriormente, Salomão será designado rei, com a ajuda da sua mãe. Esses exemplos, meus queridos irmãos, podem ser considerados como paradoxos numa sociedade patriarcal, mas, que conseguem mudar a história, embora os verdadeiros protagonistas sejam considerados os homens. Se procurarmos na literatura rabínica posterior, no Talmud, especificamente no que se refere às mulheres, encontramos: a mãe tem maior discernimento e mais fé do que o pai e é mais compreensiva. Meus amigos, meus irmãos, a tradição hebréia pode nos ajudar, já que oferece uma visão positiva da mulher e, mais ainda, da iídiche mame, da mãe judia. “Ela é a salvadora”, dizem-nos os sábios, já que foram elas que se negaram a participar da construção do bezerro de ouro, um rechaço ao materialismo. A fé das mães, à diferença dos pais, não sucumbiu quando os espias deram o seu informe negativo da possibilidade de conquistar uma nova terra.

Para encerrar, não podemos esquecer que o homem foi criado do pó; Eva foi criada de matéria humana, e a ela coube o título de “mãe de todas as mães”. Por isso que, no próximo domingo, quando honrarmos as nossas mães, não só estaremos honrando as nossas mães que nos deram a vida: estamos tentando nos aproximar um pouquinho mais de Deus. Muito obrigado. (Palmas)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Padre Eduardo Moesch não estava aqui, na primeira comemoração nossa, mas, hoje, é um pouco diferente. Estão presentes a sua mãe e o seu irmão Beto Moesch, que é nosso Vereador.

O Padre Eduardo Moesch está com a palavra.

 

O SR. EDUARDO MOESCH: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Queridas mamães aqui presentes. Sinto-me feliz porque esta homenagem às mãos me envolve, de modo particular, porque a mãe do Ver. Beto Moesch, que também é minha mãe, está aqui presente, junto com suas irmãs, minhas tias Adiles P. de Marchi e Míriam P. Ruschel. A todas as mamães, a nossa saudação.

Quero começar fazendo com que a nossa mente recue um pouquinho mais de dois mil e quinhentos anos. O resto do povo de Israel se encontrava no exílio da Babilônia, longe da Terra Santa, longe da terra de seus antepassados. Muitos já começavam a sentir-se desesperançados, achavam que Deus talvez os tivesse abandonado. O Profeta Isaias, como porta-voz da palavra de Deus, quer mostrar a este povo que Deus jamais o abandona e, para tanto, invoca o amor materno.

Agora leio um trecho do livro de Isaias. Sião dizia: “O Senhor me abandonou, o Senhor se esqueceu de mim. Por acaso uma mulher se esquecerá da sua criancinha de peito? Não se compadecerá ela do filho do seu ventre? Ainda que assim o fosse, eu não me esqueceria de ti”. Quer dizer, para mostrar este amor de Deus pelo seu povo, o Profeta usa a imagem de amor muito concreto, que ninguém poderia deixar de entender, que é o amor de uma mãe pelo seu filhinho.

Ora, também para nós, cristãos, das diferentes denominações cristãs, as mães têm uma dignidade toda especial, porque quando o filho de Deus se fez Homem para nos salvar, teve uma mãe: Maria Santíssima. Tudo isso eu digo para afirmar aqui, Sr. Presidente, prezados amigos aqui presentes, que homenagear as mães é, também, acima de tudo, lembrar que ser mãe é uma vocação. Mas esquecemos muitas vezes disso. Quando falamos em vocação, pensamos a vocação do padre, do pastor, do rabino, do religioso, da religiosa, do monge; mas ser mãe, assim como ser pai, é uma vocação, porque é um chamado de Deus, um chamado de Deus para que, através do amor materno, possa haver participação no amor criador de Deus. Não é algo puramente biológico, não é algo puramente funcional, mas um chamado divino. Vejo, aqui, jovens presentes nesta Sessão de homenagem. Pois, jovens que sentem esse chamado materno, lembrem sempre disso: para além do que a sociedade de hoje apresenta à mulher, lembrem da sublimidade, da vocação que é ser mãe. E, aqui, um breve parêntese, como um questionamento: uma sociedade como a nossa, que tantas vezes leva muitas mulheres, por diferentes motivos, a abdicar da vocação materna, que valores segue?

Fechando esse parêntese, a imagem de mãe também lembra ternura. Mãe é um mar de ternura. Mãe é aquela expressão mais sublime e radical que pode atingir o ser humano. Por tudo isso, ser mãe é ser também um sinal do amor de Deus pela humanidade, é um sinal de que Deus está entre nós, e de que jamais ele nos abandona. Queridas mamães, com o amor concreto de vocês, vocês permitem que nós sintamos o quão concreto e próximo é o amor de Deus por nós.

Para finalizar, peçamos a Deus a graça, neste mundo tão egoísta, tão competitivo, no sentido de frio, de cada um para si, para que este mundo seja mais materno. Se este mundo for mais materno, ele será como que mais divino, porque nada como o amor de mãe para mostrar à humanidade o quanto Deus ama todos nós.

Queridas mamães, parabéns pela sua vocação! Queridas mamães, obrigado pelo seu amor! Que Maria Santíssima interceda, hoje e sempre, por vocês e por todas as mamães. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Desde a nossa primeira comemoração ecumênica, uma figura querida não faltou nenhuma vez: o Pastor Douglas Wehmuth, que fará uso da palavra.

 

O PASTOR DOUGLAS WEHMUTH: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Para mim é sempre um prazer estar nesta Casa a convite do nosso querido Ver. João Antonio Dib. Especialmente, é um prazer porque a Câmara Municipal de Porto Alegre se transforma numa espécie de templo. E templo é lugar de meditação; templo é lugar de reflexão; templo é o lugar onde são elucubrados os pensamentos que queremos fazer ressoar por toda a sociedade. A nossa esperança é que esta celebração pelo Dia das Mães possa encontrar eco, não só nos nossos corações e nas nossas mentes presentes aqui, mas que da Câmara de Vereadores de Porto Alegre saia uma voz, saia um grito, saia um anúncio de que Porto Alegre pode ser diferente, se der o devido lugar que as mães merecem e que têm, naturalmente, como desígnio de Deus!

Eu, nos últimos meses, como todos vocês, evidentemente, tenho-me assustado com as notícias, especialmente as do Afeganistão. Os talibãs, aqueles homens que perderam a sua humanidade, as pessoas daquele governo que desprezam por completo o papel de toda e qualquer mulher e que as colocam num papel, no mínimo, indigno, deveriam receber a repulsa de todos nós. Lamentavelmente, não o fazemos com a voz com que deveríamos fazer! Quando olho para aquilo que os talibãs fazem no Afeganistão, eu fico pensando: graças a Deus que a herança judaico-cristã tem outra visão sobre a mulher! Quando percebo que lá no Afeganistão a mulher é colocada no nível mais baixo da sociedade, que ela está abaixo dos animais, acho bom olhar para os escritos do Antigo Testamento e do Novo Testamento. Mesmo que aparentemente em muitos momentos, nas páginas das Sagradas Escrituras, a sociedade seja patriarcal e nem sempre dignifica a mulher como deveria dignificar, quando fazemos uma leitura mais acurada e mais apurada nós verificamos que é no Antigo Testamento e no Novo Testamento, conforme a herança judaico-cristã, que a mulher recebe a dignidade que Deus lhe deu.

E há um texto que eu quero repartir com as senhoras, especialmente com as mães aqui presentes, mas também com as demais mulheres, que não têm o privilégio de ser mães por uma ou outra razão. É uma palavra do Antigo Testamento, uma palavra para nós, homens também, para imitarmos esse homem que assim falou sobre a mulher. Penso que é uma das palavras mais bonitas que temos na literatura bíblica e na literatura mundial, quando retrata o papel da mulher, quando fala da mulher.

Este é o texto que encontramos no Livro de Provérbios, que foi escrito por um homem, no capítulo 31, versículos 10 em diante, e que começa com uma pergunta: (Lê.)

“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor excede muito o de finas jóias. O coração do seu marido confia nela e não haverá falta de ganho na sua casa. Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida. Busca lã e linho e, de bom grado, trabalha com as mãos. E como o navio mercante, de longe essa mulher traz o seu pão. É ainda noite e ela já se levanta e dá mantimento à sua casa, dá tarefas às suas servas. Ela, esta mulher virtuosa, examina uma propriedade e adquire-a. Ela planta uma vinha com as rendas do seu trabalho. Ela cinge os seus lombos de força e ela fortalece os seus braços. Ela percebe que o seu ganho é bom. A sua lâmpada não se apaga de noite. Ela estende as mãos ao fuso, mãos que pegam na roca que tece. Ela abre a mão ao aflito. Ela não está circunscrita ao mundo do lar; a sua visão vai para fora das quatro paredes da sua casa. Ela abre a mão ao aflito e ainda a estende ao necessitado. No tocante à sua casa, ela não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate. Ela faz para si cobertas. Ela veste-se de linho fino e de púrpura. O seu marido é estimado entre os juízes quando se assenta com os anciãos da terra. Ela faz roupas de linho fino e vende-as e dá cintas aos mercadores. A força e a dignidade são os seus vestidos. E quanto ao dia de amanhã, ela não carrega preocupações. Ela fala com sabedoria e a instrução da bondade está na sua língua. Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se os seus filhos e lhe chamam de tosa. E o seu marido, ao longo, dizendo: ‘muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas’. Enganosa é a graça, vã é a formosura, mas a mulher que teme a Deus, esta será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos e, de público, a louvarão as suas sobras.”

É evidente que é uma linguagem simbólica, muito rica, que não conseguiríamos garimpar numa simples leitura bíblica, numa simples leitura rápida como esta que fiz.

Quero repetir, nesse provérbios, capítulo 31, há uma página muito bonita da literatura que exalta a mulher, que exalta a mãe e que diz que a razão de ela ser tão virtuosa, estimada por tudo e por todos, é porque ela tem, no seu coração, um lugar para Deus. Ela é essa mulher virtuosa, porque ela confia em Deus. É de Deus que ela busca as suas forças para ser o que ela é. Não é automaticamente que uma mulher será virtuosa. Não é compulsório que uma mãe será ditosa. A visão bíblica, tanto do Antigo Testamento quanto do Novo Testamento, sempre destaca que a mulher encontra a sua humanidade, que a mãe encontra o seu espaço de dignidade. Nós, homens, encontramos a nossa humanidade na medida em que nós temos espaço nas nossas vidas para Deus e quando Deus é a nossa prioridade número um.

Um abençoado Dia das Mães e que, desta Casa, possa ecoar o grito: “Mãe, abençoada és tu. Mulher estimada, és tu.” E tu, mãe; tu, mulher; tu, homem; tu, filho; tu, filha, olha para esta mãe do Provérbio, 31, e busca, pela sabedoria que vem do alto, ser aquilo para o qual a tua vocação te chama: uma mulher, uma mãe virtuosa. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Lembro-me de um trecho que eu li, em que um filho escrevia a sua mãe agradecendo pelo carinho, pelas atenções que, ao longo de uma vida, ela lhe havia dispensado. E ela respondeu que felicidade para ela era poder tomar a mão de seu filho e chamar: “Meu filho.” Por isso, agora, a Thereza Cavalcanti vai declamar uma poesia, de sua autoria que leva o título: Meu Filho.

 

A SRA. THEREZA CAVALCANTE: À mulher, esse ser que traz consigo tantos mistérios, entre eles a magia de gerar em seu ventre outro ser. Quero homenagear todas as mães aqui presentes, na qualidade de mãe representante do Colégio ACM. Meu filho Vladimir está aqui presente.

Não podendo homenagear a minha mãe, com 94 anos, ainda lúcida, que mora no Rio de Janeiro, quero homenagear uma amiga que, por tão antiga, já se faz amiga antiga, Cotinha Brochado da Rocha, filha do homem que deu o nome a este Plenário, Otávio Rocha, grande Prefeito de Porto Alegre.

Quero, também, fazer uma homenagem póstuma a uma amiga que por tantas vezes sentou-se ali, naquele local, comigo, por ocasião desse mesmo evento: Dona Júlia Dib, mãe do nosso querido Ver. João Antonio Dib.

“Meu filho”

“Menina ainda, em ser mãe / o sonho acalentei... e mulher me tornei. / Com amor, vi o ventre crescer / e em uníssono, meio às emoções/ pulsaram nossos corações. / Explodindo em dor, te senti, meu filho, nascer. / O sonho, enfim... viveste em mim / numa sensação de quase irrealidade, a felicidade. / Te vendo abrir os olhinhos, me olhando, / tão pequenino e respirando, / mexendo as mãozinhas, se espreguiçando. / Eras tão perfeito... nem podia acreditar, / tão lindo, e eu não parava de te olhar. / (Me parabenizo, cometo aliterações, enfatizo.) / Ele sorri, boceja, veja, parece magia / estende os braços, balbucia, é tanta a alegria / minha melhor poesia não escrita / fruto de minha entranha bendita. / Filho! Acredita, davas enorme trabalhão /...eram cólicas, caganeiras, fraldas, mamadeiras / e sem dormir, noites inteiras. / Sim, quarenta e oito horas por dia / de amor, dedicação, abnegação... / Em compensação, eras a vida que sorria / e minha poesia se fez canção de ninar / e, em versejar, meu canto era teu o acalanto. / Tanto tempo... e lá se vai / quando então, te ensinei / as primeiras palavras: mamãe e papai. / Comigo de mãos dadas, os primeiros passos / depois... eram os meus que seguias / e me perseguias com os teus porquês. / Vês... nunca te dei as costas / mas, às vezes, não tinha respostas / e te envolvia em meus braços... / Ríamos juntos, no teu aprendizado / eras muito engraçado, fazias tanta arte / e tinha brinquedo espalhado por toda parte / Seguimos... eu sempre ao teu lado / por vezes, um passo à frente / abrindo caminhos e espaços / pelos perigos... passamos rente. / Tinha medo do enredo/ que o mundo lá fora guardava / e dele te escondia, te preservava. / Ensinando, que o buraco era fundo... / e contra a violência, a maldade do mundo / me fiz teu anjo protetor / abrindo as asas com amor. /...Do pouco, fiz o tudo / e, por vezes, dei meu corpo, fui o escudo / pra que não te ferisses. / E te ensinei minha verdade / pra que nunca mentisses. / Por muito tempo... em meio à lida / esqueci da própria vida / era na tua que me enxergava / e em ti, tantas vezes me espelhava./..Te levei por quantos caminhos / espiei pelas frestas/ quebrando arestas, aparando espinhos./ Contei histórias... guardando memórias / nos teus escaninhos. / De repente... te descobres gente / já mais do que eu sabias / e tão à minha frente... seguias. / Fiquei, apaziguando a ânsia / passei então, aos teus passos seguir / mesmo à distância. / E quando não deu certo, estive por perto / porque sem desculpas... / carreguei também as tuas culpas. / Me anulei, para que fosses um ganhador / juntos, burilamos falhas... polimos medalhas. / Continuemos... para que sejas um dia / em tua própria poesia, o grande vencedor. / (E eu estarei aqui, por ti torcendo/ e, espero... ainda te merecendo.)” Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Com a palavra, o Presidente da Associação Cristã de Moços, que este ano comemora os seus 100 anos, Sr. Leopoldo Moacir Lima.

 

O SR. LEOPOLDO MOACIR LIMA: Ver. João Antonio Dib, amigo da ACM e proponente desta Sessão Solene comemorativa ao Dia das Mães, demais irmãos - parafraseando o Rabino -, componentes da Mesa e nossos amigos aqui presentes. Enviamos o nosso abraço especial a todas as mães hoje aqui presentes, nossas mães, irmãs e filhas, enfim, as mulheres que hoje aqui representam e que são objeto desta homenagem muito sincera encaminhada pelo Ver. João Antonio Dib.

Pouco antes de entrarmos no Plenário, e ainda nos bastidores, enquanto aguardávamos a chegada do pessoal, o Ver. João Antonio Dib comentava que em 1973, quando foi comemorada pela primeira vez essa atividade aqui na Câmara de Vereadores, o número de Vereadores era menor, ou seja, eram vinte e um Vereadores e que, naquela oportunidade, os vinte e um Vereadores se fizeram presentes nessa solenidade, todos eles acompanhados de suas mães, e todos aqui, juntos, prestaram a sua homenagem a essa figura que nós hoje estamos homenageando. Aqueles que não tinham mais mãe foram, depois, ao cemitério para prestar uma homenagem.

Todos nós aqui hoje, e a Associação Cristã de Moços, Ver. João Antonio Dib, sentimo-nos honrados por retornar a esta Casa, que é do povo e que hoje se abre, mais uma vez, como vem se tornando rotina, para receber as pessoas, as mães, as nossas mães, para uma singela homenagem. Tantas vezes nós buscamos definições sobre a atividade das mães, sobre o papel da mãe, e aqueles que nos antecederam aqui, de todos os credos, buscaram já, nas Sagradas Escrituras de idos tempos, passagens dignificando, glorificando, saudando e ressaltando o papel da mãe. Nós temos, na Associação Cristã de Moços, um trabalho que busca a divulgação da atividade do Dia das Mães. Não pelo fato de ter sido a ACM a introdutora, no Brasil, da comemoração do Dia das Mães, há mais de oitenta anos. Mas isso, sim, com certeza, nos traz muito orgulho e nos remete a uma responsabilidade enorme.

No ano em que a Associação Cristã de Moços comemora o seu centenário, nós lembramos que a atividade que, hoje, nós estamos aqui comemorando, foi introduzido por um secretário fraternal, no final da década de 10 e, até hoje, persiste, sendo, posteriormente - como já foi colocado pelo Ver. João Antonio Dib, na sua exposição - oficializada pelo então Presidente Getúlio Vargas.

Nós buscamos, hoje, homenagear as nossas mães, as nossas companheiras, que nos dão apoio, que ficam nos incentivando e nos dando a serenidade para encaminhar as atividades que todos nós precisamos. Todos nós temos essa representatividade.

Eu quero deixar, em nome da Associação Cristã de Moços, a todos os presentes nesta solenidade, o nosso agradecimento, o nosso reconhecimento por tudo que fazem e por tudo aquilo que representam para nós, para os nossos filhos, para toda sociedade.

Ao encerrar, gostaria de convidar todas as mães, os presentes e os representantes de todos os credos, para, no sábado, pela manhã, participarem de um ato ecumênico na Catedral Metropolitana, que se façam representar. É uma maneira a mais que a Associação Cristã de Moços, de Porto Alegre, em conjunto com outras religiões e outros credos, busca trazer para homenagear as mães.

Mais uma vez, parabéns a todas, a nossa saudação fraterna e que Deus abençoe a cada uma de vocês. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nas palavras do Rabino Iehuda Gitelman, nem sempre deveríamos ser protocolar. E o Conselho Geral do Clube de Mães quer ser ouvido. Eu acho que se as mães querem ser ouvidas, não é quebra de protocolo, é ordem.

A Sr.ª Ruth Brum está com a palavra.

 

A SRA. RUTH BRUM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, estou felicíssima de ser sempre convidada por V. Ex.ª para participar dessas reuniões nesta tarde emocionante. Em nome do Conselho Geral de Clube de Mães de Porto Alegre e do interior, eu saúdo as mães nesta tarde. (Lê.)

“Eu te felicito porque sei que das horas aflitas e amargas tiraste força e coragem para prosseguir, das vitórias e horas alegres iluminaste a tua alma.

Teu coração embalou o inocente e conduziu o adolescente, teu carinho exemplo e amor dedicado, forjaram estes magníficos seres humanos que te foram confiados por Deus, Divina mulher, sempre deixas um rastro de luz.

Para ti o meu poema:

É manhã de primavera.

A luminosidade filtrada através das árvores parece uma chuva de ouro,

A passarada está em festa.

Zumbem insetos, as abelhas sugam o néctar das flores que começam a desabrochar.

E até uma pequena fonte de águas cristalinas parece murmurar uma canção de ninar.

De repente, tudo silencia, no começo da trilha, vem vindo uma mulher.

Uma mulher frágil e meiga.

Que mulher é esta que pode transformar sua fragilidade no ser humano mais forte?

Que mulher é esta que transforma a sua meiguice no bicho mais feroz?

Que mulher é esta que sufoca seus sonhos e está sempre vigilante?

Que mulher é esta que consegue sorrir, mesmo tendo o coração apertado e uma lágrima pendurada no olhar.

Que mulher é esta que Deus marcou corpo e alma com abnegação, coragem, perdão e muito amor ?

Que mulher é esta que se dá inteirinha sem pedir nada em troca?

Que mulher é esta que até a natureza se curva quando ela passa?

Pode ter certeza, aí vai uma Mãe.”

Eu gostaria que as mães levantassem e se abraçassem transmitindo energia, força, coragem e muito amor. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Agradecendo a presença de todos e de cada um, especialmente aqueles que oraram pelas mães: o Rabino Iehuda Gitelman, o Padre Eduardo Moesch, o Pastor Douglas Wehmuth e o nosso Presidente da Associação Cristã de Moços, Leopoldo Moacir Lima.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Rio-Grandense.

 

(Executa-se o Hino Rio-Grandense.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h29min.)

 

* * * * *